REDMOND, Estados Unidos (Reuters) - O presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, tentava, nesta quinta-feira, convencer investidores céticos de que sua parceria de 10 anos em buscas com o Yahoo seria um evento positivo para ambas as empresas.
As ações do Yahoo despencaram 12 por cento após o anúncio do esperado acordo na quarta-feira, e caíram outros 3,57 por cento nesta quinta-feira. Já as ações da Microsoft tiveram uma leve alta, deixando Ballmer perplexo.
"Ninguém entende", disse Ballmer, durante uma reunião com analistas financeiros na sede da Microsoft, próximo a Seattle, no noroeste dos Estados Unidos. "É um pouco complicado".
Sob o acordo, que almeja criar um concorrente mais forte contra o Google, o novo sistema de buscas online da Microsoft, Bing, será adotado pelos sites do Yahoo. Em troca, a Microsoft irá pagar ao Yahoo 88 por cento de sua receita com anúncios nesses sites.
Na teoria, isso significa que a Microsoft ganhará mais audiência para poder aperfeiçoar sua tecnologia de buscas e construir uma base, enquanto o Yahoo ganha receita com publicidade em buscas sem a despesa de ter de administrar seu buscador.
O acordo parece concluir uma longa saga entre as companhias, após o Yahoo ter recusado uma oferta de aquisição de 47,5 bilhões de dólares da Microsoft no ano passado.
"Nada foi vendido e nada foi comprado ontem", disse Ballmer durante a reunião, tentando explicar o acordo.
"É um acordo em que todos ganham, na minha perspectiva", afirmou, acrescentando que estava surpreso com a forte queda das ações do Yahoo.
A parte do Yahoo na receita com publicidade de 88 por cento é um "número grande", disse Ballmer, considerando que a empresa terá "zero por cento" de custo para conseguir esse rendimento.
Para a Microsoft, ele afirmou que o acordo significa que a companhia ganha um tráfego maior na Internet, o que possibilita aprimorar sua tecnologia de buscas, atraindo maior interesse de anunciantes e, portanto, possibilitando a melhora dos preços para anúncios.
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